18 de mai. de 2008

Levanto meus braços, mas meus braços não levantam. Pulo de um penhasco, não sinto mais a dor. Minha amiga sorri e oferece seu corpo. Ela morreu há tanto tempo. Levanto minha cabeça, fecho os olhos, eles já estavam fechados. Quanto tempo mais? Viro a esquina, a morena de olhos azuis está ali, ela ainda está ali. Meu cachorro late, eu o abraço e brinco com ele. Quero acordar. O frio me faz tremer, estou suando. A voz dela perpétua em minha mente. Estou ficando cansando em meu repouso. Não consigo e não quero. Vejo outra em meus sonhos, perdão. Estou sendo enganado. Eu grito, estou mudo. Não consigo e não quero. Estou imóvel. Não sinto meu corpo, não sinto os detalhes. Tudo está cinza. Ela vive com quem ama. Meus braços imóveis não param de balançar. Que saudades do meu cachorro. Desculpa, eu não pensava que um dia iria pensar nisso.. como ela veio parar aqui? Não imaginava um lugar para ela em minha mente. As luzes não são tão brilhantes. Não consigo e não quero....


Meus olhos ainda estão fechados.