26 de dez. de 2005

DESISTO!!!!!
Os inconformados não existem ou ficam calados..chega dessa besteira! Não reclamo mais e nem tento fazer alguém reclamar!!

14 de dez. de 2005

Revolucionários ATENTOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Revolucionários

Lutei pelo meu espaço na mesa de jantar, mas não fiquei para a sobremesa. Tinha uma REVOLUÇÃO pra causar.
Guardei meus discos e meus escritos, terminei aquela carta que pensei que nunca iria terminar. Uma carta da vida, daquelas que se lê apenas uma vez e nunca mais estará legível à sua mente, porque o homem muda.
Munição, muita munição tenho para esta REVOLUÇÃO. Mas não encontro um exército para isto.
Onde estão os revolucionários, onde estão aqueles indignados por estarem por baixo? Estão todos trabalhando e estudando! TODOS!! Inclusive eu.
Afinal, pra quê sobreviver a vida inteira? Não me parece nada inteligente não tentar ao menos fazer aquilo que deseja e gosta, pois quando você faz o que quer, você não azeda as pessoas à sua volta. Eu desejo isso em minha vida.
Eu deveria ir à casa de todas as mães daqueles e daquelas do quais o caminho julgado “certo” eu desvirtuei. Eu me pergunto agora, “o que fiz com suas cabeças?”
Estou à procura de um exército para uma reformulação do sistema, seja ele ideológico ou prático, alguém interessado em mudar algo?! Esta é minha utopia.
Virei um zumbi quando abandonei meus sonhos, não quero mais ser um zumbi.
Tenho muitas munições, tragam suas armas e teremos A REVOLUÇÃO!!!

10 de dez. de 2005

(meu aniversário está chegando)

Texto IV (Vida)

“Acordei numa cama estranha, ao lado de uma mulher desconhecida e fria...Ela respira, não pode estar morta...Estou num corpo estranho,não me lembro de tantos pêlos em minha face, e essas rugas? Estou ficando careca?..Não, é loucura..estou deitado aqui sem poder ver meu rosto..mas tenho uma consciência que ultrapassa isso.Eu estou nascido novamente..só pode ser isso, eu nasci de novo...Sinto tanto medo...Esta sala é muito escura...Afinal quem é essa mulher?Este corpo não é o meu...Eu tenho apenas 7 anos!! Ontem foi horrível, a escola é uma merda..nunca mais vou pra lá!! Estou desconfortável...Não estou me sentindo a vontade, essa casa é minha? Essa vida é minha? Maldita vez aquela em que tive medo da solidão...Estaria melhor correndo atrás de meus sonhos, que dia é hoje? Acho que é uma quarta feira...Perdi a noção do tempo...Ela moveu-se novamente..realmente não está morta...Será que estou vivo? Não me sinto vivo..esta maldita aliança...Maldita a vez em que desisti de correr atrás do amor e abracei a solidão...É isso, é o fim..eu vou acordar essa mulher e dizer a ela que não posso mais viver assim...Mas ai eu irei me atrasar para ir ao trabalho..o chefe vai me matar..e as crianças? Não, não posso...Lembrei agora..sou um prisioneiro, prisioneiro de minhas péssimas escolhas, mas era tão jovem...Estava sonhando...Sonhei com ela novamente,ela me assombra eternamente, o fantasma do amor que um dia pude ter e não tive a coragem de ter..ainda consigo sentir o seu cheiro, os seus cabelos macios..ainda vejo o seu sorriso..como é reconfortante...Mas eu desisti da ilusão do amor..lembrei dessa mulher fria, estava deprimido,ela me deu alegrias efêmeras e me assassinou, não,não é ela que está morta sou eu que estou morto.É isso, agora eu lembrei, lembrei quem sou e o que sou, essa é minha mulher, tenho 40 anos, hoje é meu aniversário..a qualquer momento Isabella e o Paulinho entrarão pela porta me trazendo presentes, é claro!..Hoje é meu aniversário!..Tenho que sorrir,as crianças não merecem sofrer por minha causa.Minha esposa acordou, fingirei estar dormindo, fingirei estar surpreso...Que horas deve ser agora? As crianças acabaram de entrar gritando pela porta..droga!!Estou atrasado pro trabalho de novo...Terei que acordar,afinal não tenho mais 7 anos, estou velho e infeliz e tenho que sustentar os meus filhos...E hoje é meu aniversário...”.
E as crianças pulam na cama gritando:
-Feliz aniversário papai!!

8 de dez. de 2005

Alguns textos..não ligue..estarão fora de ordem mesmo...

Texto II- A morte

Numa cadeira vazia, em uma sala escura, sentava-se a dona da loucura, que observava seus vídeos e ria das próprias piadas, e no final, chorava de raiva.
No teatro dos malucos só se permitia filme mudo, pois os loucos dublavam o silêncio, mas somente para aqueles que não sabiam sentir.
E na presença de um espelho, uma velha gorda e feia se mata, pendurada numa corda balançava como um pêndulo, marcando os minutos que me restavam...
Numa casa fria estava reunida toda a minha família, em volta da mesa rezavam para os seus santos, não por amor mas por medo do inferno.
Hoje não me deixam sorrir, não me deixam dublar, nem ferir a mim mesmo.
Hoje não consigo encarar um espelho, não consigo morrer, por enquanto eu sinto medo...
E a dona da loucura ri.
Ri da minha desgraça!
Pendurava-se numa corda e balançava, fazendo pouco de meu sofrimento.
E na frente de um espelho declarei:
“Eu não quero mais sentir medo!”