26 de set. de 2007

Ganesh

Acendo um incenso de canela para disfraçar o indisfarçável cheiro da leveza de meus pensamentos. Estou me sentindo tão bem agora, que até acredito em tua existência, mesmo que, eu nunca tenha te visto estando sóbrio ou sem nenhum outro alterador de minha percepção.
Parado aqui tomando um chá de morango, comendo umas Trakinas para aplacar a fome e ouvindo um Coltrane, simplesmente uma tarde perfeita. Eu podia passar meses assim, sem ver a cor do sol.
Agora estou mal, meio bobo, disperso, confuso. Minha BEATficação parece estagnada, estou passando uma fase difícil sem saber muito bem nem o que não sei, nem o que não quero, muito menos o que almejo. Preciso me acalmar, diminuir a inquietação, a ansiedade. Talvez parar com tudo que é sincopado ou bebop e voltar aos berros, grunhidos, etc.
Que ajojo! Realmente não vou sair de casa. Agora não por não querer, pelo menos, não só por isso, também não posso. Me absorva mais, me absrova mais, na minha inércia...Seu sorriso é um paraíso e no ar vou em transe ao sol.
Já não sei se restou algo no ar, já não sei se restou algo a perdeeeerrrrr...

Um comentário:

Gustavo disse...

Na primeira frase já sei que o texto é teu, sei lá porque, mas sempre acerto.




Falando nisso, a primeira frase é genial!