12 de set. de 2007

Superstar Suicide

Vontades que vêm do nada. Nunca imaginei que eu subitamente fosse tomado da irremediável necessidade de sair de casa e tomar um ar puro. Logo eu, um defensor contumaz do concreto, do urbano, dos apartamentos. Um cidadão claramente contra praias, matos, animais, etc. Mas algo me sufoca e preciso sair daqui. Só me resta um chuveiro rápido, umas roupas leves e uma caminhada até à redenção. Preciso pensar um pouco, espairecer, evitar a rotina da ilusões.
Debaixo de uma chuva de rosas roxas caminho tranquilamente. Porém, ainda me falta a serenidade para as devidas reflexões. Acho que é por medo de descobrir coisas que eu sei e não admito. Esse ambiente que cheira a bucolismo tem paisagens agradáveis que acalentam as almas mais vis.
Passo a passo e eles não dizem nada. Eu sigo sem saber os meus porquês. Sai de mim letargia, xô! As palavras não fluem naturalmente seja via oral ou através da digitação. Não sei o que se passa. Meus pólos que viviam em conflito desistiram da batalha. Ele venceu, o triste venceu, não há mais sorrisos, nem choros, só há o blazê, o sem sal. Sei que os problemas estão em mim. Eu só queria te encontrar te tirar aí do fundo e pegar na tua mão para te ver feliz. Eu ti vi cantar, pular, torcer, sentir, viver. Sai da morte, sai nenêm. Por favor, por nós! Me salva como sempre. Me tira do desencanto.
Obstinação e garra, o que eram características, agora são estranhos. Parecem aqueles primos do interior que tu uma vez a cada cinco ou seis anos. Demora tanto para o reencontro que você esquece que eles existem. Devolva minha língua, recarregue minha caneta, encha o meu copo.