10 de jun. de 2007

Sobamarve

Nós três ali naquela sarjeta, eu tapando os olhos, ela tapando os lábios e ele tapando os ouvidos. Estamos esperando este dia que não quer amanhecer. Há dias em que o sol não nasceu pra nós. Mas hoje ele nasceu pra mim, pros outros não.
Quantas peças este maluco desvairado chamado destino pode me pregar. Se não fosse uma festa de 15 da amiga da vizinha do cachorro do peixinho dourado da Xuxa que via Xaxa na xoxa televisão que nos liberta.
Nunca foi tão estranho. Nunca tinha te visto bêbado estando sóbrio. Maldito sono. É nisso que dá ficar cinco dias seguidos bebendo e dormindo que nem um porco que põe gravata e se enforca. A gente tem uma ligação tão forte que é difícil explicar. Também é raro aprofundarmos nossas diferenças mas elas existem. Eu sou tão estúpido que esqueço que sou extramamente liberal e tu és tão descolado e despreocupado com o próximo passo que esqueces teu lado direitista, que é enrustido. Mas nem tanto.
- Peraí. E o nosso motora onde anda ? Nosso Senna está bem ? Medo de perder quem é verdadeiro, quem é de carne e osso e coração bom. É só um teto, uma bad trip. Felizmente não passa de preocupação boba. Agora me volto para ti pessoa que insisto não acreditar que seja um ser humano. Só pode ser um ente superior. Esta tua aura cigana me fascina. Quando aperto tua mão vou para tão longe que esqeuço quem sou. Quero mais é desplugar. Por ti tirei meu relógio, joguei fora meu caderno, queimei minha agenda, esqueci de ser infeliz. Como reclamar ? Para quê reclamar ?
Só espero não perder minha inspiração. Este post está estranho, está feliz, está sem nenhuma continuidade. Não tem o menor sentido a não ser celebrar a estupidez humana, de todas as nações. Tudo que aliena salva. Tudo que aliena mata. Tudo que aliena aliena. Aliena que aliena aliena. Aliena aliena aliena. Ó meu amor. Pedaço arrancado de mim.

2 comentários:

Cuevas disse...

de fato nossas carreiras literárias pedantes estão por um fio. é melhor eu começar a falar mal do inter, do zé ramalho, do fuca, do cinema, dos insetos, da liberdade, da boemia. eu sou santa. tão santa quanto porto é alegre. é essa a questã:

ser feliz é coisa de viado.

Anônimo disse...

Puta merda, Rodrigo quando se convence de uma coisa não adianta. Mas vou te explicar o porquê da coisa toda.=)

Um dia.