4 de mai. de 2007

Cartola

Mestre Angenor. Tenho que saudar também Carlos Cachaça graças a ele e a tantos outros adoráveis bons vagabundos te conheci melhor Dom Cartola. Depois de sair da confortável mini-sala de cinema do Santander, estava bem brasileiro, muito mais brasileiro. Brasileirinho, brasileiríssimo, deixei de ser Brazil. Vi o samba de verdade, aquele que transpira boemia, cheira a irreverência e amor por nós mesmos. E pensar que até isso nos foi roubado pela Globo. A vênus platinada vulgarizou e "hi-techzou" o carnaval. Tudo para buscar mais dólares no exterior. Mas prestou um favor ao imortalizar pelos quatro cantos a noção de que Brasil é puta, pobre, índio e selva.
Acabou o espírito da roda, dos risos e lampejos de loucura genial. O samba era o nosso rock. Virou um arremedo, indigno de assim ser chamado. Esta é só mais uma prova da autofagia nossa de cada dia. Não é a toa que Nélson Rodrigues é imortal. Afinal, mesmo no século XXI continuamos cuscos. Vamos latir cada vez mais baixo. Não servimos nem para pastores, somos yorkshires super afeminados.
" Eu vou correndo buscar a glóriaaaaahaaaaaaa " Mas vamos revitalizar o Brasil. Mombojó está aí, Cordel também. Podemos ser modernos antiquados. Vamos ser brechó, contra-cultura, pseudo-brasileiros. Saibamos beber de outras fontes, sem necessariamente copiá-los, ou esquecer nossas origens...Os garotos mineiros já ensinavam " we shall find our roots, bloody roots "
Queria voltar ao Zicartola. Viver aquele tempo, estar naquele time, fazer aquele samba. Como não posso, venho aqui para escrever minhas frustrações. Sento em frente a este pc que chamo de Buteco. E lamento, só lamento, como lamento....

2 comentários:

Anônimo disse...

ahahahahahahahsahahaahshahshas

dudu disse...

tu reclama no boteco, eu colo na rua.
topas?