5 de abr. de 2007

Muralha da China

Passo por minha morada, estou sentado numa confortável poltrona que se desloca velozmente nas curvas sinuosas. Não reconheço minha fortaleza, não sinto ela, não acredito que seja minha, que faça parte de mim. No caminho encontro vários amigos. Mas só cruzo por aqueles que conheço só por fora...Quem são eles mesmo ??? Fomos apresentados realmente ou estou apenas delirando ???
Sinto que não faço parte deste mundo, pareço estar deslocado nesta casta, estou perdido na estação. O expresso 222 passou, o 666 também. E, assim mesmo, sigo no meu fingimento, acreditando ser zen. Viva os budistas demi - sec ! Os Kerouacs burocratas, os comportados Keith Richards, os geniais Beto Jamaicas, os educativos Big Brothers. Não posso me esquecer do jornalismo verdade da Contigo, este sim é pura prestação de serviço...Ai, ai chega de ironia !
Estou negando meu charme, por que não quero me expor. Optei pela antipatia, esta ajudou a cimentar os muros medievais que criei, as máscaras que encobrem meus olhos, os cavaleiros que protegem meu coração, os yuppies que desorganizam meu cérebro, o bálsamo da aceitação que evita odiar a benção da burrice. Sou muito pouco. Mas, poderia ser muito. Isto me cansaria por demais, "...se fui rei, fui rei das chagas...", meu cadafalso onde está você ? Te procuro há anos, estás com o Wally ???
Gracias vieja !